Recursos
Ministério anuncia mais R$ 27 milhões para saúde de Pelotas
Recursos que entrarão no orçamento do próximo ano devem atender hospitais filantrópicos em crise
Foto: Divulgação - DP - Diretor executivo da Beneficência Portuguesa diz que é necessário aguardar o anúncio oficial dos valores para que os hospitais se manifestem
Uma boa notícia para a saúde de Pelotas: os quatro hospitais filantrópicos da cidade, que enfrentam uma crise histórica nos últimos meses, devem contar com um orçamento extra de R$ 27 milhões em 2024. Os recursos do Ministério da Saúde representam uma ampliação do teto MAC, que é o valor repassado pelo governo federal para custear ações e serviços de saúde na média e na alta complexidade nos estados e municípios.
Esses R$ 27 milhões significam um adicional de cerca de R$ 2,2 milhões mensais para a média e alta complexidade. No entanto, ainda não é possível especificar como esses recursos serão distribuídos para os quatro hospitais. A Secretaria da Saúde de Pelotas diz que ainda não recebeu a portaria do ministério oficializando o aumento e que só será possível esclarecer como se dará esse recurso a partir da formalização.
A grave crise enfrentada pelos hospitais de Pelotas acendeu o alerta máximo em outubro, quando as instituições de saúde alertaram para o risco de fechamento de leitos caso a crise financeira persistisse. Nas últimas semanas, outras boas notícias permitiram um respiro para gestores dos hospitais, incluindo um repasse mensal de R$ 2,3 milhões retroativo a janeiro e mais cerca de R$ 4,4 milhões para auxiliar no pagamento do 13º salário dos funcionários, ambos do governo do Estado.
O que dizem as instituições?
O administrador do Hospital Espírita, Tiago Martinato, avalia que os recursos podem não ser suficientes para afastar a crise, mas comemora o anúncio. "É claro que toda ajuda é bem vinda", diz.
Já o diretor executivo da Beneficência Portuguesa, Armando Manduca da Rocha, pondera ser necessário aguardar o anúncio oficial dos valores para que os hospitais se manifestem. Segundo ele, apesar dos anúncios de recursos serem positivos, os repasses ainda não foram feitos para os hospitais. "A gravidade das coisas continua, porque a gente ainda não teve o recebimento de nada por enquanto. Por enquanto, não teve nada de alívio nas nossas despesas, estamos aguardando", diz.
Demanda regional
No mês passado, lideranças da região, incluindo a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) e os deputados federais Daniel Trzeciak (PSDB) e Alexandre Lindenmeyer (PT), se reuniram com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para expor o problema da região.
Nas redes sociais, os deputados comemoraram a chegada de mais recursos. "Isso quer dizer que aumenta o recurso que o município de Pelotas vai receber, agora a gente aguarda a divulgação da portaria para saber se vai ser retroativo ao ano de 2023 ou se vai ser a partir da data de publicação [da portaria], o que também é uma vitória importante", comemora o deputado Daniel Trzeciak.
"Se confirmar [a retroatividade], aí é oxigênio puro pela situação dos hospitais", diz Lindenmeyer, que celebra a união das lideranças a favor dos hospitais. "Houve uma mobilização dos hospitais, da Prefeitura, eu somando esforços com o Daniel, uma mobilização de interesse da região".
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